A safra 2011 de trigo iniciou-se com umidade suficiente no perfil pela presença de precipitações, principalmente em maio, obtendo-se uma boa implantação nas primeiras datas e nas intermédias. Nos meses posteriores as precipitações foram menores à média histórica e só no mês de outubro se registraram chuvas que a superaram. Com esta distribuição de precipitações acharam-se favorecidos os genótipos que espigaram mais tarde.

As temperaturas, em geral, foram similares à média histórica. Em setembro (começo do período crítico) registraram-se temperaturas de 17°C por em cima das normais, e a partir de novembro predominaram temperaturas mais altas que as normais, fato que teria contribuído a um encurtamento do período de enchimento do grão. Se analisarmos o coeficiente foto termal durante o período crítico para o cultivo (definição do número e enchimento de grãos), achamos que só foi superior à média histórica os primeiros dias de setembro.

Durante o mês de outubro houve precipitações frequêntes, que favoreceram o desenvolvimento de fusariose da espiga. Quanto a doenças foliares, a safra caracterizou-se pela presença de mancha amarela, ferrugem da folha e ferrugem do caule principalmente, alcançando nos materiais com maior susceptibilidade níveis altos de infecção.

As condições climáticas expostas e a presença de doenças foliares e da espiga permitiram obter rendimentos moderados durante a presente safra. Com uma superfície semeada de 296.300 ha, conseguiu-se um rendimento cuja média foi de 3483 kg/ha com uma produção de 1.028.588 toneladas. A qualidade comercial foi boa.

DADOS RELATIVOS DA SUB-REGIÃO

Nesta Sub-região a produção foi de 1.028.588 t., que representam 7,9% sobre o total nacional para a safra.
Para fins deste relatório foram utilizadas 90.000 t. como amostras, isto é, 8,7% da produção.