A chuva acumulada durante o ano 2010 foi superior à da série histórica até o mês de setembro e menor do que em outubro e novembro. Estas condições permitiram que o cultivo, nas primeiras etapas, desde a emergência até o final de perfilhagem, tivesse uma adequada disponibilidade de água útil no perfil do solo.

Ao longo do inverno deram-se dias frios, de baixas temperaturas, mas sem geadas fortes e prevaleceram os dias úmidos. Em setembro houveram importantes precipitações que chegaram em um ótimo momento do cultivo, já que foi prévio à floração e em outubro continuaram as chuvas moderadas no momento do enchimento de grão.

A resposta do trigo à temperatura começa desde a germinação à maturação do cultivo. Observou-se um alongamento no período de emergência a espigamento de aproximadamente 25 dias segundo o grupo de precocidade e cultivar, como assim também no período de antesis a maturidade fisiológica que foi em uma média de entre 7 a 10 dias.

Não se apresentaram geadas tardias e se realizaram controles por enfermidades de folha, as quais se manifestaram de jeito importante pela umidade ambiente. O genótipo, o ambiente produtivo e as condições meteorológicas predominantes, determinam a manifestação, em campo, de doenças foliares e da espiga. A porcentagem de severidades de enfermidades nas folhas, medida na fase de folha bandeira despregada, teve uma média baixa, um 10%, neste caso a doença que teve maior incidência foi ferrugem laranja. Observou-se também ferrugem da folha e, em um grau muito menor, mancha amarela.

Em geral, a maioria da superfície foi fumigada, quem não fez assim teve diminuição nos rendimentos. As condições ambientais não predispuseram para a incidência de fusariose da espiga.

Boa umidade no perfil, chuvas em floração e enchimento e um inverno de dias frios sem muitas geadas, contribuíram para obter excelentes rendimentos e pesos hectolítricos.

A média do rendimento ubicou-se entre 4.000 e 5.500 kg/ha com picos de 8.000 kg/ha. Como acontece em anos de altos rendimentos há uma queda da proteína e também da quantidade de glúten.

DADOS RELATIVOS DA SUB-REGIÃO

Nesta Sub-região a produção foi de 1.940.210 t., que representam 13,4% sobre o total nacional para a safra. Para fins deste relatório foram utilizadas 138.500 t. como amostras, isto é, 7,14% da produção.